Arlyson Ernesto em: O Legislador: A pessoa do povo

 Como um bom internauta, esse dias tenho acompanhado as entrevistas dos candidatos à Vereadores de Pindaré-Mirim. Devo admitir que até agora a “galera” têm dado conta das perguntas; todavia, uma candidatura pode ser metaforicamente comparada a um Bambu Chinês, que passa de três a quatro anos se preparando para depois se começar a sair o primeiro bulbo.

 

            Ser vereador em uma democracia na é coisa para qualquer um. Ou as pessoas já nasceram com este desejo na alma, ou cai de paraquedas na cadeira bonita do Plenário do Legislativo. Na corrida em buscar de votos, todos são bons. Que não se via a tempos começa a visitar, quem não andava a pé começa a ir pelas ruas… e olha que caminhar faz até bem! Tudo compõe as obrigações iniciais do oficio. Entretanto, a vida continua e depois o povo vai cobrar tudo o que ouviu ou que se quer pensou em ouvir.

            Aqui mora o problema. Na candidatura você pertence a um lado A, mas depois dos votos, pertencerá à esfera do Legislativo e, claro que lá não existe mais somente você – mas, é a necessidade do povo e você! O vereador não está em nome de tal, está em nome do coletivo, caso contrário, ou é oligarquia ou tirania. Ser legislador não é ser padrinho do povo, nem financiador do que quer seja. É um observador do interesse coletivo e funcionário do bem estar social. Por isso sou contra o uso de adjetivos ou pronomes de tratamento na candidatura, como: Chico da macaxeira, professor fulano, padre sicrano, pastor filomeno. Não é assim. Contudo, proponho o nome da pessoa, pois é ela que estará lá e não a sua função.

 

            O partidário que ver apenas a ponta do nariz não presta para ser legislador. A câmara não é lugar para se lavar roupa suja, mas sim, lugar de discutir interesse do povo. Tudo o que é de interesse coletivo é para ser discutido lá, porém, se fulano comeu no caco de sicrano deixa lá para a porta da rua, afinal de contas existe “decoro parlamentar”. Senão passam-se quatro anos e no fim de tudo se você perguntar ao legislador o que fez, ele dirá: <<dei uma chapa para fulano, uma caixa de foguete…>>. Isso é assistencialismo e não função Legislativa.

 

            Destarte, aproveito para deixar um conselho a todos, aos veteranos e aos calouros. O povo não quer somente circo, quer pão. E este pão é dado não pelo assistencialismo, mas com a promoção justa e humana da pessoa; e que o maior significado do paletó seja se revestir da dignidade dada a você nas urnas. Espero cada um de vocês no dia da Democracia. 

William Junior

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