ARTIGO!!! Arlyson Ernesto em: Descansar Armas…

Descansar Armas...
      Tenho acompanhado constantemente, desde julho último, as manifestações pelo Brasil a fora. Todas elas exprimem o sonho de sociedade democrática, que muitos morreram e nunca chegaram a ver, bem como, o dilema de uma sociedade que não consegue conviver de forma pacífica.
         Todos os dias, escuto a mesma história: “o povo está indo às ruas buscar seus direitos!” Mas que “diacho” de direito é esse que se busca quebrando as coisas – inclusive os outros – de forma a desencadear uma loucura e quebra-quebra!?
         Eu mesmo, não tenho nada contra quem vai às ruas, entretanto, não admito que ninguém saia de casa dizendo que vai buscar um bem promulgando um mal; muito menos aceito que alguém fale em nome do todo, visando apenas a sua parte.
         Está coberto de razão aquele que pensa que o “povo nas ruas representa o estado de direito”, bem como está com mais razão ainda todos aqueles que afirmam “ter o espaço certo para se buscar tais direito”. É quase que trocar alho por bugalho. Em nada difere da propensa possibilidade de um verdadeiro tumulto que culminará em bagunça…
         Parece-me que a população concorda com marginais que cobrem a cara para protestar – ao menos é o que parece nas falas – estes por sua vez têm medo do que? Afinal de contas, não estão eles lá para manifestar!? E o pior é que esses “elementos” ainda ousam querer compara-se aos caras pintadas de décadas atrás… um pouco, claro, que pitoresca a comparação!
         Infelizmente, não fica só nisso. Reuni-se aquele bando de desocupado num mesmo lugar e querem fazer o que bem der na cabeça, ficando por isso mesmo. Eles podem fazer tudo e pagar por nada. Parece uma analogia a história de Adão e Eva – ninguém tem culpa e sobra tudo para a estranha da serpente!
         No Brasil hoje a estória é assim: o povo faz o que quer e a polícia tem que ficar quieta, tem que ficar no comando, de descansar armas! Eu não sou nenhum comentarista de segurança, mas sei que onde se tem uma aglomeração de pessoas é dever do Estado: garantir a ordem e, isso se faz por meio da polícia.
         Compete-lhe, salvaguardar a segurança de todos os outros cidadãos que desse movimento não estejam participando. E em caso de anormalidade, reprimir por meio da força (que é de sua ossada). Todavia, para muitos nas reportagens a polícia deve pegar pauladas e tijoladas como forma de carícia do povo… e a isso responder com carinho! Mas só se for, em outro mundo, nesse aqui não!
         O Estado deve ter sempre o braço forte, reprimir e intimidar a todos os que desejam ir contra o princípio pacífico do estado natural. Desse modo, será garantida a ordem e a paz em todos os lugares.
         Do contrário, compete aos que não conseguem compreender o dever da polícia, garantir a ordem na sociedade. O que não dá é pra continuar esse estado de descanso de armas que querem que a força policial tome para si…
        Sou do seguinte pensamento: é culpado por qualquer ato de vandalismo todos os que de tais movimentos participam. Afinal, não estão todos “juntos” por uma mesma causa? Então, quem com os porcos, lavagem come!
         Por isso, todo cidadão tem o lugar certo para clamar por seus direitos, quando não cabe aos seus representantes fazê-lo; ainda que nenhuma das prerrogativas seja garantida, não cabe a ninguém se dá o prazer de “pirar o cabeção”, afirmando está querendo um bem. Pois, armas descansadas somente quando a forma pacifica de manifestação for feita.
       
Até mais ver!