ARTIGO DO ARLYSON ERNESTO: Então, é carnaval…

Então, é carnaval
      Nem bem havia acabado o ano e já se ouvia dizer de carnaval e, olha que ele esse ano veio meio que tarde. Quase que fizeram papai Noel aparecer com o mestre sala junto de si…
         É um tanto curioso perceber este fenômeno anual do carnaval; é intrigante imaginar a vida sem a folia do momo, muito menos sem o ponta pé inicial da vida – afinal, as coisas só costumam começar no pós carnaval.
         Ele funciona como um calendário imaginário da população. Parece que tudo começa a ganhar forma depois da quarta-feira de cinzas.
         No carnaval é assim: vale tudo para ter alegria. É contagiante e ao mesmo tempo preocupante. Contagiante por conta da folia comum e da possibilidade de encontros e “reencontros”. Por outro lado, preocupante, por conta da falta de dosagem em algumas coisas como a bebida, a brincadeira pesada…etc!
         Mas tudo isso faz parte da festa e sem elas não seria a mesma coisa. O carnaval é um tempo mágico em que todas as ordens naturais e, sobrenaturais, convergem para certo contágio; nele vale tudo, só não vale ficar parado e nem cansado.
         Tudo começa com os famosos pré-carnavais (no dia 01 de janeiro), depois a cada fim de semana é oportunidade para arrumar as coisas: micareta, bebidas, lugar para ficar… Tudo muito bem contado e planejado. Até que chega a famosa sexta-feira! Aí pronto, é sábado, domingo, segunda, terça e quarta… Acabou!? Que nada, ainda tem o lava pratos na semana que vem!
         Pensando bem é um bocado de dias de muita farra. Muita coisa acontece nesse curto espaço de tempo; noites são trocadas por dia e dia trocado pela noite. Toda hora é hora! Ressaca é coisa para fracos, o negócio é aguentar e aproveitar… bebeu, caiu… levanta!
         Nessa festa só não vale se preocupar com horas e honras… No carnaval é assim: homem vira mulher e mulher vira homem! Aflora-se nas pessoas a imaginação. Cada um pode ser o que quiser, pois, não existe nada de pudor nesses dias; a galera volta a ser criança. Vale tudo para arrancar flash e risos!
         E o que dizer das marchinhas!? Ah, não existe coisa mais sublime (claro que uso de exagero aqui), as marchinhas mexem com nosso espírito; passou um carro tocando uma “musicazinha” mais velha que o mundo, que o nosso corpo de dana pra mexer: os braços levantam, o pé começar a arrastar e aí, a adrenalina sobe…
         Contudo, nem tudo é festa. O carnaval traz consigo muitas coisas que irão durar o ano inteiro, outras até a vida inteira! Por exemplo: o medo de chegar o dia de cinzas não é pelo findar do carnaval, mas por eu ter que deixar meu personagem de lado e encarar a vida. Essa é a parte mais difícil da folia! Assumir as consequências das “pirações” dos cinco dias…
         Não sou daqueles de endemoninhar o carnaval, pelo contrário, gosto e acho legal! Entretanto, ele é uma moeda com dois lados: de um, alegria e de outro a tristeza. Tudo bem, que todos somos bem grandinhos para assumir nossos erros, mas, não nos esqueçamos que na festa não somos nós que estamos por inteiro. Lembre-se que vestimos uma fantasia; depois dela fica o meu eu… logo, não dá para fazer muita coisa sem ser reconhecido – é apenas uma máscara, atrás está “o você”!
         Carnaval é rima de carnal, por isso, tome cuidado para que nos próximos 360 dias sua marchinha não seja: ALA-LÁ-Ô,Ô,Ô… engravidoôôô…!!!
A vida é mais cara que sua fantasia. Fica a dia!
        
        
Até mais ver!




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