Artigo! O vai e vem da política…
TÔ PRA VER coisa mais em descrédito que a “política” brasileira. Ao que parece, nela não existem mocinhos, somente e só, vilões; os que estão dentro não prestam – salvo raras exceções – e, os que estão para entrar são muitas vezes, piores ainda!
Por via de regra, a Política serviria para fomentar e reger a ordem pública e, os políticos, deveriam ser aqueles cidadãos de “alma de ouro” responsáveis em administrar e ordenar o rumo da sociedade; em outras palavras a “vida Política” deveria ser uma das mais nobres aspirações do ser humano.
Pena que deste lado do continente as coisas chegam deturpadas. Nem tudo que deveria ser verdadeiramente é. Catastroficamente o que vemos é um emaranhado de pessoas que lutam – a qualquer custo – chegar às salas legislativas… São até pessoas boas, que no passar do tempo vão esquecendo seus princípios e deveres!
Aí a porca torce o “rabo”, como já afirma o velho ditado. A coisa é mais ou menos assim: quem tá fora quer entrar e quem tá dentro não quer sair!
A política é algo muito sério deveria ser tratada como “uma deusa da ordem pública”, competindo-lhe a estima de receber diante de si os Melhores Cidadãos, se é que “existam”!
Desde alguns não poucos tempos o Brasil se tornou uma República. Dentre as demais formas de república somos uma: Democracia representativa! Ou seja, elegemos aqueles que irão nos representar nas distintas esferas…
Eles são representantes e não senhores do povo; assim, é responsabilidade dos mesmos ouvir e ajudar aqueles das quais representam a encontrarem soluções para situações da vida coletiva.
Na prática isso nos parece tão bonito, tal como uma poesia de carta de namorados. Na realidade, a coisa é muito mais difícil que o namoro iniciado após a carta. A realidade é vergonhosa!
No Brasil a política tem um vai e vem que nos deixa enojados! Chegamos a um momento de nossa história que preferimos regressar ao estado que vivíamos antes da tão sonhada república.
Os que almejam nos representar batem a cada quatro anos em nossas portas com boas propostas que, no desenrolar da história, não passarão de bonitas palavras bem elaboradas. A maior proposta está em suas “pequenas cabeças”: aproveitar para honrar seus compromissos e alianças, das quais o povo nunca teve o mínimo conhecimento!
O descrédito social não nasceu de uma cabeça engenhosa, nasceu da mais pura realidade. Somos um país de farsas e, no passar dos anos fomos aprendendo a desacreditar em algumas boas coisas: no caso a política!
Não gostamos da política porque ela seja ruim, temos apenas receio de assistir a capítulos já conhecidos de nossa história; temos medo de sermos mais uma vez enganados por aqueles nas quais deveríamos acreditar e admirar…
Políticos são como cachorros raivosos: quando gostam do “osso” não querem largar… Se aparecer um “cãozinho” novo… ficam na espreita – porque o osso não pode ser ruído por boca diferente – e isso é inadmissível!
Nossa política tem cara de “bumerangue”: existem figuras que vivem um eterno vai e vem… Seria bom para eles só um vai. Mas como o povo é bobo – nada melhor que um retorno –, e quem perde? Ninguém. Afinal de contas: partido não se discute!
Até mais ver!
Arlyson Ernesto, natural de Pindaré-Mirim/MA. Licenciado em Filosofia pelo Instituto de Estudos Superiores do Maranhão – IESMA. Desde 2009 é formando da Congregação dos Padres do Sagrado Coração de Jesus – Dehonianos.