Em 2015, Maranhão teve mês mais seco em 14 anos, diz estudo na Nasa

Em 2015, Maranhão teve mês mais seco em 14 anos, diz estudo na Nasa

Em pleno período chuvoso, o Maranhão teve o mês mais seco em 14 anos. A constatação é da pesquisa do hidrólogo brasileiro Augusto Getirana do Goddard Space Flight Center da Nasa – agência espacial americana –, publicada na edição de outubro do Journal of Hydrometeorology.

seca maranhao

Desde abril de 2012, o Estado vive uma seca prolongada, mas foi em março de 2015 que a umidade chegou ao seu mais baixo índice no período analisado pelo pesquisador brasileiro.

Nos 12 meses entre maio de 2014 e abril de 2015, o Maranhão esteve com uma média de menos 13 trilhões de litros d’água comparado com a média dos últimos anos.

Para chegar ao panorama, Getirana analisou dados dos satélites Gravity Recovery e Climate Experiment (Grace) sobre a quantidade de água armazenada em aquíferos e rios das regiões Nordeste e Sudeste do país entre 2002 e 2015. Os dados estão disponíveis até abril de 2015.

O resultado, segundo a Nasa, é alarmante: estima-se que a região perdeu, em média, 15 trilhões de litros d’água por ano no período analisado. A região, destaca a agência espacial, enfrenta a pior seca em 35 anos.

A pedido do G1, o pesquisador extraiu os valores médios mensais de armazenamento d’água no Maranhão entre abril de 2002 a abril de 2015. Após um período bem úmido, em junho de 2009, o Estado registra declínios nos índices a cada ano, chegando ao período mais crítico.

“Pode-se ver que nos últimos 14 anos, poucos meses tiveram mais água que a média. Durante quatro anos, de março de 2008 a abril de 2012, ocorreu um período bastante úmido no Estado, mas outro período de seca prolongada iniciou, chegando ao momento mais seco dos últimos 14 anos em março”, destaca Getirana.

No gráfico elaborado pelo hidrólogo, cada ponto abaixo de zero representa um mês mais seco que a média. Os dados são resultantes da subtração dos dados do Grace com os valores médios de cada mês.

Do G1 MA

William Junior

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *