Parabéns ao capital cultural de Pindaré – Por Jojoh Fersan

Parabéns ao capital cultural de Pindaré – Por Jojoh Fersan

Colunista Jojoh Fersan

 

Por: Jojoh Fersan em 28 de julho de 2017.

 

Saí de Pindaré para cantar em Minas, mostrei meu bumba-boi, mineiro achou legal. Falei em tapiaca, curimatá, sardinha, expus fotografias do engenho central…” Este trecho inicial da linda composição “Coração Daqui” do ilustre cidadão agnetiano Chico Mirim, ilustra bem como se dá o reconhecimento dos valores culturais de um povo, fora da sua terra, lembrando bem aquele velho ditado que diz: “santo de casa não faz milagres”, é a triste realidade como tratam referências culturais e históricas de certas cidades ou regiões em relação aos que são de fora.

Por que a cultura e seus valores são fundamentais para o desenvolvimento do Pindaré ou de qualquer outro município? Pode ser que a maioria das pessoas não perceba a grande importância que a cultura possui para o crescimento econômico de uma comunidade. Durante cada período que delimita o desenvolvimento de uma sociedade, a cultura sempre marca o começo do processo através da busca de informações que caracterizam a identidade social daquele povo. Esse aspecto é o que permite que todos os modos e costumes sejam preservados para o bem da história daquela comunidade, que com esse conhecimento, garanta que seja considerado essa importância para que haja um progresso social que permita que haja também uma evolução cultural que beneficie a todos

Até no desenvolvimento econômico de uma determinada região, a cultura é de extrema influência. Por exemplo, em Pindaré; o Engenho Central, o Bumba-Meu-Boi, a Tapiaca Frita, o Rio Pindaré, a história do Cabeludo ou da Onça do Canadá, são patrimônios culturais material e imaterial, que como referencias históricas e turísticas, podem estimular a visitação turística ao município, o que consequentemente elevará  o crescimento da economia e para tanto a cidade, deverá investir em  infraestrutura digna para receber esses visitantes.

Aqui não adianta ficar falando e repetindo o que todo mundo já sabe, mas ignora, mesmo com tantos bons exemplos, que a cultura pode interferir fortemente no desenvolvimento social.

O que devemos fazer enquanto sociedade, é defendermos e exigirmos com mais vontade e personalidade o lugar de destaque que a cultura tem que ter numa sociedade que tem como seu maior referencial a sua própria cultura. Quando se fala em Pindaré, se lembra logo de que? Do rio, do engenho central, do bumba-meu-boi, enfim, de aspectos culturais que identificam essa cidade. Então, cadê a valorização desses símbolos e dos outros elementos da nossa cultura?

Os mecanismos culturais de domínio civil e/ou público, podem ser usados para incentivar o desenvolvimento econômico justo e sustentável de Pindaré. As atividades culturais são estratégicas e geram trabalho, emprego e renda, além de promover a inclusão social, especialmente entre jovens.

É necessário que se trate a cultura como uma rede que favoreça a interligação entre os indivíduos, através da identidade, da produção de arte, de normas e valores transmitidos e tratados como um capital cultural, que pode favorecer ou não a associação entre todos os produtores culturais e a própria sociedade para um bem comum.

Depois das conquistas, batemos palmas e cantemos parabéns em ritmo de arrocha ao velho Pindaré, e comeremos um pedaço do bolo com sabor de angústia.

William Junior

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