Parabéns, Pindaré Mirim! 92 anos de Emancipação Política

Parabéns, Pindaré Mirim! 92 anos de Emancipação Política

Por: William Junior
Por: Wanderley Silva

O Portal Pindaré vem há três anos trazendo para milhares de internautas notícias e informações com compromisso e credibilidade. Através dele, as notícias do município começaram a fluir e o que antes não era visto, hoje é levado ao conhecimento dos internautas tudo que acontece na cidade.

parabens pindare

Toda a equipe do Portal Pindaré parabeniza a cidade e a todos os munícipes de Pindaré Mirim pelos seus 92 anos de Emancipação Política. E vamos juntos levar o nome e a história dessa cidade para todo o mundo por muitos e muitos anos.

Parabéns, Pindaré Mirim!

Nós fazemos parte dessa história!

A História

No início, chamada de Engenho Central, mais tarde vila de São Pedro de Alcântara e atualmente Pindaré Mirim, cuja palavra é de origem tupi-guarani que significa pinda-anzol e mirim-pequeno. Foi de início habitado por índios guajajaras instalados pelo Tenente-Coronel Fernando Luís Ferreira, do Imperial Corpo de Engenheiros em 1840, criando a colônia de São Pedro de Alcântara que estava situada na margem direita do rio Pindaré. Não demorou muito dos índios foram se dispersando ou sendo exterminados e posteriormente os camponeses estavam sendo expulsos do local

Logo depois com a saída dos índios e camponeses, foi instalado o Engenho Central que por sua vez, atraiu habitantes de toda região. As propagandas que o engenho vinha e sua vantagem ajudou muito no processo de povoamento, e sendo instalado exatamente onde seriam as colônias dos índios.

Os habitantes que chegavam à região do Pindaré eram os cearenses, os piauienses, os da capital São Luís, do Itapecuru e os negros que trabalharam no Engenho. A maioria desses habitantes chegou para trabalhar na lavoura, sendo que quando chegou o fim do engenho e a cana deixou de ser a única fonte de riqueza, destacou-se também o algodão, o arroz, e a mandioca. Muitos desses lavradores viraram comerciantes e a maioria vivia na zona rural.

O município de Pindaré Mirim, desmembrado do município de Monção, foi criado pela lei n° 1052 de 10 de abril de 1923, com o nome de São Pedro de Alcântara, o qual foi extinto pelo decreto estadual n° 75, de 22 de abril de 1932, mas logo restabelecido pelo decreto n° 121, de 1° de junho do mesmo ano. A sede foi elevada à categoria de cidade, pelo decreto n° 45 de 29 de março de 1938 e esta situada à margem direita do rio Pindaré e hoje com 31 145 habitantes no último censo.

Engenho Central

O desenvolvimento de Pindaré Mirim deu-se pelo Engenho Central e pelo rio Pindaré que assim, atraíram muitas pessoas tanto do Maranhão, como de outros estados, como os vindos do Itapecuru. O Engenho Central ou Cia. Progresso agrícola do Maranhão foi criada pelo decreto-lei n° 7811, de 31 de agosto de 1880, data da aprovação instalando-se em 03 de novembro desse mesmo ano.

A energia elétrica chegou no ano de 1883 pela companhia, o que dá a Pindaré-Mirim a classificação de região pioneira no Brasil, quanto ao uso de eletricidade, visto que somente em 1892 é que a cidade fluminense de Campos teve sua iluminação elétrica inaugurada.

engenho-central

 

A ferrovia e o Engenho foram inaugurados em 16 de agosto de 1884. A empresa Fawcet, Preston & Cia, de Liverpool na Inglaterra, foi quem vendeu o maquinário para a construção da ferrovia que tinha 13 km de extensão. Sobre esses trilhos rodavam 105 vagões carregando 315 toneladas de cana-de-açúcar.

A primeira safra própria da companhia efetuou-se em 1891, cujos canaviais produziram 634.337 quilos de açúcar de três cristalizações. O engenho central que era um dos melhores do Brasil possuía 500 bois de carro, 35 carroças, mais de 50 casas de madeira, 3 léguas de terras para lavoura. Fabricou em 29 colheitas, 23.075.509 quilos de açúcar e 4.575.111 litros de água ardente durante esse período.

O fim da Cia. Progresso Agrícola deu-se pela dívida que a companhia acumulou, ou seja, juros e despesas gerados por uma luta de fornecedores de cana das usinas, pois os dirigentes da companhia não permitiram que os fornecedores de cana participassem dos lucros possíveis. Assim, a Companhia funcionou até 1890, quando os fornecedores de cana não mais forneceram matéria prima para a produção e isso deixou o engenho sem capital para pagar as dívidas. Voltou a funcionar mesmo com dividas, leiloado por bancos credores durando até 1914 depois virou um monumento histórico

E hoje ficou somente o significado que teve na historias, e seu prédio vem sendo utilizado para deposito de lixos, garagens de carro, carroças e servindo como uso de propagandas de eventos. A pesar de tudo ainda atrai muitos turistas que sabem da historia e vem conhecer de perto o Engenho.

Rio Pindaré

O principal meio de escoamento da produção de cana do Engenho Central foi o rio Pindaré, fonte de riqueza e vida do povo pindareense. Até fins da década de sessenta, foi o grande propulsor do desenvolvimento econômico da região, principalmente de Pindaré-Mirim, pois era através dele que as mercadorias escoavam entre os povoados ribeirinhos, entre sedes municipais, a capital do estado e o transporte de passageiros.

rio

A navegação naquela região era o único recurso para o escoamento de produtos e transporte de passageiros e localizava-se em Pindaré.

Rio genuinamente maranhense, nasce na serra do Gurupi e deságua no rio Mearim próximo da foz do mesmo na baía de São Marcos. O rio Pindaré é o principal afluente do rio Mearim e nasce nas elevações que formam o divisor entre as bacias hidrográficas dos rios Mearim e Tocantins, nas proximidades da cidade de Amarante (Maranhão) em cotas da ordem de 300 metros. Seu percurso total é de aproximadamente 686 km, sendo navegável no trecho compreendido entre a sua foz no km 41 do rio Mearim até a foz do rio Buriticupu no km 456.

O rio Pindaré, um dos mais importantes rios do estado do Maranhão, está seriamente assoreado e com suas margens destruídas, em consequência do desenfreado desmatamento que, aos poucos vai destruindo a grande Amazônia Brasileira. Em suas margens estão as cidades de Açailândia, Bom Jesus das Selvas (servindo de divisa entre os mesmos), Alto Alegre do Pindaré, Santa Inês, Pindaré Mirim, Bom Jardim, Monção e dezenas de povoados. A Estrada de Ferro Carajás, acompanha seu percurso desde as proximidades da cidade de Bom Jesus das Selvas, até a cidade de Santa Inês, em um trecho de mais de 200 km

Cultura

Cultura de Pindaré se resume nas festividades do Carnaval, Festas Juninas  que atrai multidões  todos os anos nesse período.

bumba meu boi

Conhecido como berço da cultura maranhense, Pindaré Mirim trás no período junino a maior festividade dos seus arraiais, como apresentações de várias atrações folclóricas, mas o principal foco dos pindareenses e turistas é o Bumba – Meu – Boi, que durante esse período, nos quatro cantos da cidade ouve-se as batucadas dos tambores que aquecem-se até amanhecer o dia com as danças e uma festividade jamais vista.

Alem do Bumba-Meu-Boi tem outro atrativo que reúne milhares de pessoas todos os anos em Pindaré, que é a procissão de São Pedro, onde, tradicionalmente realizada no dia 29 de junho, que reúne há várias décadas uma multidão de fiéis que percorrem o Rio Pindaré em reverência ao Padroeiro dos Pescadores e outra multidão que ficam a espera as margens do Rio para seguir a procissão passando nas principais ruas de Pindaré que no fim é realizado uma missa.

William Junior

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