PINDARÉ-MIRIM: 90 ANOS DE HISTÓRIA!!! MEMORIAL DO ENGENHO CENTRAL!!!

Durante todo esse mês de julho, mês de aniversário da cidade, o Portal Pindaré realizará uma série de reportagens especiais e exclusivas sobre a história da cidade de Pindaré – Mirim dos problemas as mais belas paisagens. Vamos levar até a você os desafios e batalhas que os moradores lutam há anos, vamos mostrar a realidade do nosso município, os nossos Patrimônios e muito mais.


E hoje vamos contar um pouco sobre a história do nosso Patrimônio, o Engenho Central.

Foi a partir da instalação do Engenho Central que Pindaré Mirim ganhou destaque no Maranhão e veio a se tornar cidade mais tarde. A contribuição do Engenho Central para a construção cultural de Pindaré Mirim ainda visível, mesmo não tendo prosperado no plano econômico. Conforme escritos da paróquia não publicados sobre o histórico do festejo de São Pedro Apóstolo, diz – se que, a tradição da homenagem ao santo, remonta a época em que os homens que trabalhavam na construção do Engenho Central encontraram uma pequena imagem de São Pedro e deduziram que era dos jesuítas, logo o santo foi nomeado de padroeiro da vila fazendo com que o Pedro, que permanece até hoje, é o santo e não o imperador.

Os mais velhos daquela localidade contam que foram os moradores da época que ergueram uma casa de palha e iniciaram os festejos no mês de junho. Conforme os escritos da paróquia, a veneração pelo Santo aumentou levando os moradores a erguerem a capela de alvenaria. Construção feita ainda quando os técnicos ingleses, responsáveis pela construção da fábrica de açúcar, estavam por aqui e ajudaram, por serem católicos, com a construção da torre da sacristia.

Ocorreram muitas discussões para a escolha do local para a construção do Engenho, afinal de contas, tratava – se da instalação do primeiro Engenho Central do Maranhão, onde seria aplicado um alto investimento financeiro que envolvia um processo de modernização na indústria açucareira com a importação das mais modernas máquinas da época.

Para que um bem cultural seja tombado pelo IPHAN é necessário todo um processo de análise a fim de que seja dado, de fato, sua preservação.

A antiga fábrica do vale do Pindaré está registrada no Livro do Tombo Histórico ‘Casa Histórica’ que trata de coisas de interesse histórico e as obras de arte histórica,  processo de Nº 1202 – T – 86, inscrição Nº 549, 3-12-1998, com a denominação de Engenho Central São Pedro. O processo de registro é parte do arquivo da 3ª Superintendência Regional do IPHAN em São Luis – MA. Levando em consideração o ano de 2012 e a inauguração da fábrica em 16 de agosto de 1884, o prédio tem 128 (cento e vinte e oito) anos de existência.
No Maranhão, o responsável pelo reconhecimento de bens culturais como o Engenho Central, é a 3ª Superintendência Regional do IPHAN, a qual foi criada e instalada na capital maranhense em 1980.
Conforme arquivo da 3ª Superintendência da Regional do IPHAN, o Engenho tinha 500 carros de boi, 35 carroças, cerca de 50 casas de madeira. Do portal principal da fábrica partia a linha férrea de 13 quilômetros de extensão com 105 vagões de três toneladas.

Quanto ao maquinário, possuía:

6 geradores a vapor;
1 poderosa máquina vertical, movendo duas bombas pneumáticas de bronze;
1 esteira sem fio para a cana;
1 dita sem fio para bagaço;
1 lavador de carvão e pertencentes;
1 máquina a vapor para dar movimento aos elevadores e lavador de carvão;
1 mexedor de açúcar;
1 elevador mecânico para conduzir o açúcar das turbinas;
1 alambique contínuo, sistema Savale;
1 depósito de 1.000 galões;
1 poderosa bomba, com máquina e cadeira própria, colocada à margem do rio, com capacidade para fornecer 55.000 galões de água por hora.

Conforme estudo monográfico que tem como tema “Engenho Central São Pedro: Patrimônio Histórico da cidade Pindaré – Mirim – MA nos primórdios do século XXI”, as estruturas arquitetônicas ainda existentes veiculam a sociedade contemporânea o conhecimento ou, ao menos, em algum momento, o interesse  por sua história. Sendo assim, constatou – se ainda que o Engenho é um elemento simbólico de valor cultural, histórico e arquitetônico que faz parte da construção histórica de Pindaré Mirim cujo reconhecimento pelo IPHAN se deu a partir do seu tombamento.
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