PINDARÉ – MIRIM/90 ANOS: CONHEÇA TODA A HISTÓRIA DA CIDADE

O engenheiro militar Fernando Luís Vieira Ferreira, fundador de Pindaré-Mirim em 1840.
Duque de Caxias, que, na época da Balaiada,autorizou a fundação de uma colônia na margem direita do rio Pindaré  — a futura Pindaré-Mirim.







Pindaré-Mirim completa domingo, dia 28 de julho, 90 anos de elevação à categoria de cidade, ocorrida em 1923, conforme a Lei Estadual nº 1052, ainda com o nome de São Pedro. Os registros históricos e oficiais, entretanto, atestam que Pindaré-Mirim, considerada berço cultural e histórico do Vale do Pindaré, completa neste mês 173 anos de fundação.
















FUNDAÇÃO – Segundo o jornalista, professor e consultor Edmilson Sanches, que pesquisa a história de municípios do Vale do Pindaré, documentos recentemente localizados confirmam que, por ordem do coronel Luís Alves de Lima e Silva (o futuro Duque de Caxias), que comandava as tropas que combatiam a Balaiada, foi designado o engenheiro militar Fernando Luís Vieira Ferreira, que era tenente-coronel do Imperial Corpo de Engenheiros, para fundar uma colônia na margem direita do rio Pindaré. O objetivo  — explica Sanches —  era “civilizar” os índios guajajaras e desestimular uma adesão deles aos rebelados que estavam fazendo incursões por diversos lugares. Registros biográficos colocam Fernando Luís Ferreira como “fundador de Pindaré-Mirim”, pois do plano que lhe foi confiado resultou a criação da Colônia de São Pedro do Pindaré, primeiro nome do futuro município de Pindaré-Mirim.

O território de Pindaré-Mirim, visto do satélite.
TERRITÓRIO – O território de Pindaré-Mirim foi retirado do município de Monção, que cedeu quase a metade de sua área. Em 1959 Pindaré-Mirim tinha 14.975 quilômetros quadrados (km2) e era o quinto maior município em área do Estado do Maranhão.  Atualmente, Pindaré-Mirim tem 273,52 km2, o que corresponde a MENOS DE DOIS POR CENTO do seu antigo território, ou exatamente 1,83%. Pindaré-Mirim tornou-se município-pai ou cidade-mãe de diversos municípios e cidades, a exemplo de Santa Inês.




Índio guajajara e mapa de localização. Os guajajaras foram os habitantes primeiros do território de Pindaré-Mirim.
DOCUMENTOS – O jornalista maranhense Edmilson Sanches observa que “Pindaré-Mirim é um raro caso de cidade cuja origem está documentada pelos próprios fundadores, no caso o tenente-coronel Fernando Luís Ferreira”. Sanches informa que o militar deixou um documento manuscrito onde expõe sobre o “plano civilizatório” que resultou no nascimento da colônia São Pedro do Pindaré. O pesquisador já tem a exata localização do documento, que foi escrito de próprio punho pelo tenente-coronel. Há registros também em publicações periódicas do século 19, constantes do acervo de instituições de pesquisa e documentação histórica do Sul do país. Sanches alerta que é necessário ir atrás do original da lei provincial que criou a colônia em julho de 1840 (segundo alguns, em 1839), para se estabelecer exatamente o dia dessa lei, que poderia ser o marco legal e histórico de existência documentada de Pindaré-Mirim, há 173 ou 174 anos. Segundo ele, caso Prefeitura e Câmara Municipal e empresas e empresários e outros filhos e amigos do município de Pindaré-Mirim queiram, pode ser apresentado um plano de resgate de cópias dos documentos originais e aquisição de publicações históricas para exibição, reprodução, estudo e divulgação entre alunos, professores, políticos e demais interessados. Edmilson Sanches antecipa que está aprofundando pesquisas acerca de algumas datas históricas de Pindaré-Mirim, para efeito de correção ou confirmação posterior.


 

O escritor João Lisboa, primo do fundador de Pindaré-Mirim.
FUNDADOR – Fernando Luís Vieira Ferreira era filho do tenente-coronel Miguel Ignacio e de dona Catharina de Senna Ferreira de Mendonça. Nasceu em São Luís (MA) em 1º de agosto de 1803 e faleceu no Rio de Janeiro em 1879. Bacharel em Matemática e Ciências Físicas pela academia militar. Escreveu livros. Era primo do escritor João Francisco Lisboa, em cujo sepultamento pronunciou discurso fúnebre. Foi jornalista, tendo sido fundador e redator de várias publicações. Sócio de diversas entidades culturais. Também dedicou-se à agricultura, tendo introduzido novos sistemas de cultivo, inclusive o arado  — inovação esta pela qual foi censurado.


 

O Engenho Central, em Pindaré-Mirim.
ENGENHO – Um dos símbolos históricos de Pindaré-Mirim é o Engenho Central, hoje uma construção no centro da cidade, em vias de recuperação pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O Engenho pertencia à Companhia Progresso Agrícola, instalada em 1876 e que foi responsável por grandes transformações socioeconômicas em Pindaré-Mirim e em toda a região até 1915, quando a Companhia entrou em declínio, sobretudo por causa dos altos juros bancários, falta de matéria-prima e de mão-de-obra especializada. Só em 1943 o município teve seu nome alterado para Pindaré-Mirim.

ATUALMENTE – Hoje o município de Pindaré-Mirim tem 31.152 habitantes, segundo o Censo de 2010 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Tem Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) de 0,620, o que significa ser de médio desenvolvimento, colocando a cidade como uma das melhores do Estado. A economia do município totaliza R$ 107 milhões 903 mil, com maior participação do setor de Serviços (que inclui o segmento de Comércio), responsável por quase 70% do volume, ou R$ 73 milhões 794 mil. A Agropecuária e a Indústria entram com cerca de R$ 15 milhões  cada uma. Impostos contribuem com o restante do Produto Interno Bruto (PIB) de Pindaré-Mirim. (E. S.)

Do Jornal Agora Santa Inês
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