SÃO JOÃO 2013!!! VALE A PENA RELEMBRAR ELE… COXINHO!!!

No dia 24 de agosto de 1910 nascia no lugarejo Fazenda Nova, nas proximidades de Lapela, (considerado um dos maiores redutos de afrodescentes no município de Vitória do Mearim, nascia Bartolomeu dos Santos, popularmente conhecido por Coxinho.
Coxinho –  Foto:  (A. Baêta) Arquivo
 do Jornal O Estado do Maranhão.

Considerado um dos nomes mais expressivos da cultura popular do Maranhão, Coxinho, completou o centenário de nascimento e passou batido entre nós (mea culpa). Destaque para o artigo jornalístico“Coxinho 100 Anos”, escrita pela jornalista Dinacy Mendonça Corrêa, do caderno Alternativo, de O Estado do Maranhão.

Em seu texto, ela mapeou a história de Coxinho e destacou o ano de 1972, quando o cantador do  Boi de Pindaré, no sotaque da baixada, ou batalhão de João Câncio, gravou o seu primeiro disco (em vinil). Um trabalho antológico em que está registrada a clássica “Urrou do Boi”, adotada pelo Poder Público, como o hino oficial do folclore maranhense. O artista popular maranhense representava pra gente e para o Brasil o mesmo que  os músicos Ibrahim Ferrer para os cubanos, Charlie Parker para os norte-americanos.

O legado de Coxinho foi consumido pelo grupo Boca Livre, reeditado por meio mundo. A pergunta que não quer calar. Será que o Boi de Pindaré ou alguém da família do artista recebeu o pagamento de direito autoral ? È isso aí, Coxinho morreu em 3 de abril de 1991. “Companheiro/Coxinho foi morar no céu/Deixou o chapéu/Do cantador da Baixada…”

E na cantiga Coxinho (gravada pelo Boi Barrica em 1992, no CD Bem Maranhão), o poeta e compositor popular, Juca do Bolo, imortaliza o acontecimento com muita emoção. Fiquemos por aqui, cantarolando a toada in memoriam ao grande cantador da Baixada…



“Companheiro/ Coxinho foi morar no céu/ Deixou o brilho no chapéu/ Do cantador da Baixada/ Eu fiquei com pena dele/ por não poder fazer nada/ Mas quando chegar mês de junho/ Eu vou lembrar na boiada”.

“Lá vem meu boi urrando/ Subindo o vaquejadô

Deu um urro na portera/ Meu vaquero s’ispantô/

E o gado lá da fazenda/ Com isso se alevantô

Urrou, urrou!/ Urrou, urrou!

Meu nuvilho brasilero/ Que a natureza criô.

[…]

Por aqui vô saindo/ São horas d’eu viajá

Adeus, até par’ o ano/ Quando eu aqui vortá

Vou ficá ao seu dispô/ Os tempo que precisá

A turma de Pindaré/ É pesada no boiá

O conjunto é brasilero/ E a força Deus é quem dá”.

(Coxinho. Urrou do Boi – 1ª. e últ. estrofes)



Colunas/Imirante

Blog Portal Pindaré

desenvolvedor design

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *