Artigo do Arlyson Ernesto: Falar com Deus…

Falar com Deus…

      Sobre esse assunto temos muito do que falar. Podemos desbravar no âmbito teológico, psicológico, ou simplesmente, nos prender na reflexão a partir de um dado. Claro, que a última opção é a que mais me parece conveniente.
        Dessa forma, falar de Deus tem cada um, sua fórmula e motivação – não vale é ficar apático – vivendo um eterno fingimento de que Deus fala somente aos “bons”!
        Dias desses, estava já em minha terra natal, de férias. Fui à praça com amigos de infância e, ao prolongar da hora uma cena me causou espanto. Comecei a ver muitos amigos saindo de suas obrigações de fé. Até aqui nada de incomum. Até que quando me aprouve esmiuçar a visão – de forma rápida – fui percebendo que em suas mãos traziam o livro sagrado e acima dele o aparelho celular.
        Aquilo me causou certo espanto! Debrucei-me, logo, logo, em imaginar o sentido daquilo para minha vida. Costumo dizer que “Deus fez a inteligência e, o diabo os aplicativos…” Heresia minha!
 Causa-me receio o temor de que em pouco tempo, também Deus tenha que comprar um chip TIM, para que possamos ter contato com Ele.
         Pois, o celular pouco a pouco parece que está se tornando uma forma de aproximar os de longe e esquecer os de perto. Veja só em uma mesa de amigos, sempre tem a galera de dedo digital… ágeis nas teclas, porém, péssimos em relacionar-se!
         Não podemos tratar a relação de contato com Deus como uma comida agridoce: com Deus ou é salgado ou doce. Ou é oração e prece, ou de nada adianta querer teclar com Ele…
        Assim sendo, lutemos contra nossos vícios e evitemos levá-los à casa de Deus; não façamos de sua casa um cyber e, muito menos de nossa relação algo tão vago que possa acabar com um mero cair da conexão.
        Tomemos sim, o livro sagrado. E o celular, deixemos, para as horas em que precisemos falar com pessoas de nossa era, assim, Deus não vai precisar de ninguém para dizer-lhe que agora ele pode ser “sem fronteiras”. O céu não comporta relação digital. Inevitavelmente, sagrado e profano não sobem juntas ao altar!
Até mais ver!