Juíza de Santa Inês diz ser contra a transferência de detentos para o interior do Maranhão
A Juíza, Larissa Tupinambá Castro titular da 2ª Vara da Comarca de Santa Inês se mostrou contra a transferências de perigosos presos para Unidades Prisionais do interior do Maranhão, assim como o município de Santa Inês que recebeu cerca de 15 detentos na madrugada desta quarta – feira (16/10).
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| Juíza Larissa Tupinambá – Foto: Reprodução/Facebook |
Abaixo segue a publicação da Juíza em sua página na Rede Social, Facebook no inicio da noite desta quarta – feira (16/10):
“O Poder Executivo do Maranhão mais uma vez mostra sua falta de interesse em resolver os problemas do sistema penitenciário do Estado. Ocorreu guerra de facções, decretou-se estado de emergência e se chamou o reforço da força nacional. Contudo, o que se vê é uma total falta de comprometimento com uma solução real. A Secretaria de Administração Penitenciária teve a brilhante idéia de encaminhar condenados para as cadeias do interior, sem avisar delegados, promotores e juízes locais. Promoveram operações desastrosas e atrapalhadas em plena madrugada. Jogaram em cadeias destinadas a presos provisórios, detentos sentenciados pelos mais hediondos crimes. Não procuraram saber se havia vaga. Resultado: condenados perigosos, amontoados em pátios, sem a vigilância adequada. Se na capital, a questão é a falta de lugar para colocar estes presos… no interior…falta espaço, agentes, monitores…
Fico me perguntando se a força nacional foi para capital para reforçar a segurança e impedir novos confrontos pq ela não se deslocou para os interiores junto com os condenados. A transferência só muda o epicentro da rebelião. A LEP foi ferida de morte. Misturaram-se presos cautelares e definitivos. Separação pelo regime de cumprimento… nem pensar… Diga-se, por fim, que esta medida que deveria ser encarada como absolutamente excepcional e temporária., não apareceu com um dia para terminar ou com previsão de substituição por uma outra real, eficiente e definitiva. Da minha parte, não aceito isso. Compartilho com os colegas magistrados a minha indignação e sugiro que cobremos explicações do excelentíssimo secretário e a reversão desta unilateral e vergonhosa decisão.”
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