Pindaré de luto: morre o grande historiador e ícone da cultura pindareense, Euzamar Medeiros

Pindaré de luto: morre o grande historiador e ícone da cultura pindareense, Euzamar Medeiros

Faleceu no inicio da noite desta terça-feira, dia 16, o grande historiador e ícone da cultura pindareense, Euzamar Batista Medeiros de 88 anos de idade, vítima da covid-19. Euzamar Medeiros estava internado na UTI do Hospital Macrorregional Tomás Martins, em Santa Inês, e não resistiu as complicações da doença.

O cortejo fúnebre está marcado para as 7h30 desta quarta-feira(17), na entrada da cidade em direção ao Cemitério Municipal Jardim da Paz, em Pindaré Mirim.

Euzamar Batista Medeiros nasceu na antiga Vila São Pedro, hoje Pindaré – Mirim, em 1º de dezembro de 1932, em uma tarde de quinta-feira. Aos cinco anos de idade saiu no primeiro bloco de carnaval, se apaixonou e desde então nunca abandonou o samba.

Dia 1º de janeiro de 1976, Euzamar Medeiros e amigos fundaram o Grêmio Recreativo e a Escola de Samba Vila Sorriso que eternizou na vida dos pindareenses. Sempre presente na vida cultural, social, política e econômica pindareenses, o Sr. Euzamar Batista Medeiros tornou – se um marco na história de Pindaré – Mirim e hoje aos seus 82 anos é o grande homenageado do carnaval de Pindaré.

Escola de Samba Vila Sorriso

A Escola de Samba Vila Sorriso surgiu através de uma brincadeira de Euzamar Medeiros, Edézio Medeiros e Dico Camaleão, ambos fundaram juntos a escola de samba em 1976. No primeiro ano foram aproximadamente 30 pessoas, no segundo ano foram mais de 50, já no terceiro ano foram mais de 700 integrantes, e foi crescendo ainda mais, foram apresentações que os foliões pulavam, dançavam e cantavam com as músicas da escola de samba.

As cores: rosa, azul e amarelo brilhava a avenida, e se tornou uma tradição no Carnaval de Pindaré. Na época de João Silva foram os quatros anos que desciam na avenida, veio o Manoel Filho Pesão que continuou com o apoio que foram os quatros anos do seu mandato, depois o Paruru que também foram os quatros anos, em seguida o Dr. Manoel filho que deu apoio, ai chegou Henrique Salgado que durante oito anos a escola de samba desfilou na avenida apenas dois anos, daí veio a abandono da escola de samba vila sorriso, que faz parte da Cultura Pindareense.  Foram quatro presidentes: Euzamar Medeiros, Joaquim, Reinaldo Medeiros e Magson Medeiros. Compositores foram sete: Mario, Edéziu Medeiros, João da casa verde, Euzamar Medeiros, Chelô, Magson Medeiros e Bigode.

Em entrevista ao Portal Pindaré, o senhor Euzamar Medeiros foi questionado se gostaria de ver a Escola de Samba voltar a ser o que era antes e ele respondeu: “Depende muito dos governantes da cidade, principalmente do Prefeito e do secretário de cultura, mais tenho esperança de que a Escola de Samba Vila Sorriso volte a ser o que era antes!”

A luta pela restauração do Engenho Central

Foram décadas e décadas de manifestações e tentativas de consegui a tão sonhada restauração do Engenho Central, em Pindaré Mirim. Entre as pessoas que sonhavam em ver o monumento restaurado, estava o historiador Euzamar Medeiros.

Dia 28 de julho de 2018 foi uma data histórica para a cidade de Pindaré Mirim pela entrega da restauração do Engenho Central, que há muitas décadas sofria com o abandono e que marcou a luta de muitos pindareenses para vê-lo revitalizado.

A entrega do monumento contou com a presença da presidente nacional do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), autoridades políticas, o historiador Euzamar Medeiros e representantes de entidades que lutaram para ver o Engenho Central restaurado.

“Estou muito feliz pelo que está acontecendo hoje. Eu que lutei pela restauração do Engenho Central. Sempre nós tivemos um negro representando o Zumbi e hoje eu sou o zumbi do Engenho Central”. Euzamar Medeiros, 16 outubro de 2012, durante seminário de restauração do Engenho Central.

William Junior

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