Pindaré: Realizado o lançamento do livro “Engenho de Anzol Pequeno” da professora mestra Lindalva Corrêa

Pindaré: Realizado o lançamento do livro “Engenho de Anzol Pequeno” da professora mestra Lindalva Corrêa

No último dia 27 de novembro de 2021, a professora mestra Lindalva Corrêa, apresentou ao público, no auditório do Engenho Central, sua dissertação de Mestrado Profissional em História intitulada “ENGENHO CENTRAL DE PINDARÉ: memória e educação patrimonial”. 

Além da dissertação, foi produzido um Livro Paradidático destacando o Engenho Central de Pindaré enquanto Lugar de memória  e as possibilidades de um diálogo interdisciplinar  na perspectiva da Educação Patrimonial enquanto metodologia para o Ensino de História, bem como as possibilidades do Engenho Central ser trabalhado no processo ensino e aprendizagem, dentre  outras áreas do conhecimento, o paradidático traz ainda uma estrutura de galeria  de documentos e fotografias para auxiliar os professores em suas práticas, podendo ser acessadas via QR Code apresentados ao longo do livro, além de algumas orientações e sugestões de atividades que podem ser adaptadas de acordo com a necessidade para cada disciplina.

Já encontra-se disponível no site FormaAçãoHist 

https://formacaohist.com.br/engenho-central-de-pindare-memoria-e-educacao-patrimonial/

https://formacaohist.com.br/engenho-de-anzol-pequeno/

Vale ressaltar que, no dia 22 de julho de 2021, já concluída, a pesquisa foi defendida/apresentada ao Programa de Pós Graduação do Mestrado Profissional em História/ PPGHIST da Universidade Estadual do Maranhão- UEMA. O Desenvolvimento da pesquisa de Lindalva Corrêa, esteve sob a orientação do professor Doutor Fábio Henrique Monteiro Silva. Teve como objetivo, contribuir com a disseminação da produção didática da História do Maranhão, a pesquisa de campo foi realizada em Pindaré- Mirim entre 2019 e 2021 e o objeto de investigação foi o Engenho de Pindaré dentro de uma contextualização pautada no recorte temporal a partir de 1997 a julho de 2021. Período em que marca registro de situação de abandono, deterioração, bem como seu processo de patrimonialização e recém revitalização. 

O trabalho apresentado, destaca-se por ser pioneiro tanto pelo período que é pesquisado, pela temática da Educação Patrimonial interdisciplinar, a visibilidade às mobilizações realizadas pela comunidade pindareense, tendo a frente, vários grupos voluntários ( Filhos de Pindaré, Associação Amigo do Engenho, grupo de capoeira do professor Dorinaldo, Movimento Abraço ao Engenho, Equipe MSgrafit, Projeto Social Vamos Fazer, Movimento Vida ao Engenho). Outro aspecto em destaque, refere-se a participação de colaboradores que se dispuseram a compartilhar suas experiências, foram agentes participativos em vertentes diferentes, mas como um objetivo em comum – a valorização e pedido de revitalização do referido monumento.

A dissertação foi organizada em quatro capítulos, contemplando as palavras-chaves: o Ensino de História; Apresenta discussões baseadas na amplitude dos conceitos de Memória; Educação Patrimonial; Interdisciplinaridade; Engenho Central e Pindaré. Ao longo da descrição da pesquisa o leitor encontrará além de uma discussão teórica conceitual, uma breve apresentação da Cidade de Pindaré-Mirim configurada nas opulências da memória coletiva, além da descrição desde sua origem topônima e suas alterações, passando pelo aspecto físico, localização geográfica.  Há também uma contextualização referente à Cidade e o Monumento como um elo da relação identitária para além da perspectiva material e as possibilidades de compreensão ao sentimento de pertencimento. 

É destacado ainda, pontos e contrapontos pautados no período de abandono já nos anos 90 ao processo de patrimonialização e sua nova roupagem de utilidade. Os relatos orais também são buscados e apresentados na consolidação da pesquisa, de modo a citar: a historiadora Kátia Bogéa, que esteve a frente do IPHAN por vários anos somando 40 anos de experiência, sua colaboração para a pesquisa destaca-se pela atuação nos três principais processos, sendo o processo de tombamento, solicitação da obra de restauração e processo de execução até a entrega da obra do Engenho.  Em saudosa memória, seu Euzamar Medeiros, reconhecido popularmente como uma referência ao campo da pesquisa da História Oral local no que se refere ao contexto histórico da Cidade de Pindaré Mirim, principalmente em seu aspecto cultural por ter sido um autêntico pindareense carnavalesco e amante da Cultura Popular. O professor Márcio Marinho, idealizador do Movimento “Abraço ao Engenho” em atividades por 8(oito) anos, simbolicamente, anualmente reunia os alunos e de mãos dadas formavam um abraço ao Engenho como forma de chamar atenção do poder público pelo estado de abandono em que o monumento se encontrava. 

 Os colaboradores Pedro de Amorim Aquino e Carlos Alberto Becão, ambos membros representantes da primeira equipe de mobilização popular “Associação Amigos do Engenho Central”. Há também o registro do relato de experiência do artista plástico-Miguel Sousa, além de chamar atenção através da arte, também participou de atividades mobilizadoras de limpeza com a equipe MSGrafit e outros equipes voluntárias. Está registrada também a participação do professor Márcio Prazeres, membro representante do Movimento “Vida ao Engenho” sendo esta, a última ação popular antes da reforma do Engenho, contou com a participação da comunidade de modo geral e grupos já citados. 

Foram destacadas também, as contribuições de Guilherme Almeida, engenheiro que compôs a equipe técnica na execução da obra; Rinaldo Medeiros trabalhador que esteve atuando desde o inicio da obra até o presente momento. William Júnior e Portal Pindaré, que continuamente mantém atualizações e o registros de informações na Região do Vale Pindaré. 

Traz ainda, um registro de atividades realizadas após a inauguração da Casa de Cultura Engenho Central, bem como, o relato de experiências dos três primeiros Gestores, Amélia Cunha, Macielma Torres e Valmir Trindade. 

Como resultado da pesquisa, pautado na elaboração da dissertação, foi construído e apresentado um Livro paradidático com o Título “ENGENHO DE ANZOL PEQUENO: lugar de memória e Educação Patrimonial” o objetivo é propor sugestões para a prática docente vinculada não somente à disciplina de História mas contemplando outras áreas do conhecimento. O referido produto pedagógico respalda-se de maneira significativa por ser também pioneiro apresentado na região do Vale do Pindaré e para a historiografia maranhense. O objeto de investigação apresentado como base de estudo é o Conjunto arquitetônico  e Cultural Engenho Central de Pindaré, entendido como m lugar de memória, sendo também instrumento propicio a ser explorado na construção do conhecimento histórico e Cultural em uma dimensão interdisciplinar. No Livro, o leitor encontrará a justificativa “Por que Anzol Pequeno?” uma breve apresentação do sobre o contexto histórico do Engenho, sendo mencionados pontos relevantes  que marcaram seu período fabril e suas instalações em solo maranhense, também ações referentes ao seu processo de patrimonialização. Há um capitulo que aborda “Afinal o que é Educação Patrimonial?”. Em outro capitulo, enfatiza a interdisciplinaridade e possibilidades de aplicabilidade, além do Ensino de História em uma linha interdisciplinar, tem-se também, apresentadas sugestões  que podem ser aplicadas  a outras áreas do conhecimento ( Língua Portuguesa, Matemática, Geografia, Ciências, Arte e tecnologia).

Ao longo dos capítulos estão vinculados algumas seções que irão auxiliar na prática das atividades sugeridas, contém ainda QR Codes personalizados, aos serem acessados via câmera de celular levam a uma galeria de fotografias ou documentos que mostram projetos arquitetônicos referentes a obra de revitalização do Engenho  Central.

“Pra  mim, é uma honra apresentar um novo Capitulo para a nossa História local,  melhor ainda, não fiz sozinha, a força da Memória Coletiva  fez a diferença, sou muito grata a cada colaborador(a).  Enquanto pesquisadora pindareense, digo que é um sonho realizado”

William Junior

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