Membros da OMS e do Ministério da Saúde visitam o Maranhão

Membros da OMS e do Ministério da Saúde visitam o Maranhão

Aconteceu nesta segunda-feira, dia 11, em São Luís, uma reunião com pesquisadores da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Ministério da Saúde (MS), para detecção oportuna de epidemias das doenças causadas pelo Aedes aegypti, que junto aos representantes de outros estados, discutiu a atual situação do Brasil diante da circulação simultânea dos vírus da Dengue, Chikungunya e Zika. Os sinais de alarme são indicadores que sinalizam predisposições para os surtos dessas doenças.

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A reunião contou com a participação do secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco; da coordenadora do Programa Nacional de Controle da Dengue do MS, Roberta Gomez; do pesquisador da Liverpool School of Tropical Medicine dos Estados Unidos, Liegh Bowman; e do pesquisador Colombiano Eduardo Alfonso Sierra, entre outros.

O cenário atual da situação do Brasil quanto aos casos de Dengue, Zika e Chikungunya foram apresentados pela coordenadora do MS, Roberta Gomez, seguido pela apresentação do estudo em desenvolvimento em nove estados para ‘Detecção de alarmes e resposta aos surtos das doenças causadas pelo Aedes aegypti, progresso, desafios e próximas ações recomendadas’, nos municípios de São Luís (MA), Boa Vista (RR), Cuiabá (MT), João Pessoa (PB), Natal (RN), Recife (PE), Ribeirão Preto (SP), Salvador (BA), e Vitória (ES).

As palestras de cada representante municipal possibilitaram a discussão da implementação do estudo em curso sobre a detecção e resposta aos surtos; identificar os desafios e ajustes necessários para a implementação do projeto de pesquisa em andamento há um ano, realizada por brasileiros, americanos e colombianos, sobre a detecção e resposta aos surtos de Dengue, Zika e Chikungunya; rever o processo de coleta de dados; discutir procedimentos para garantir informação adequada aos técnicos e à população; e definir os próximos passos e compromisso das partes interessadas para conclusão bem sucedida do projeto.

Para o secretário de Estado da Saúde, Marcos Pacheco, a reunião veio em tempo oportuno diante de um cenário de grande desafio para o país no sentido de conter o avanço dos casos relacionados às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.

“A intenção de todos os envolvidos nesse projeto é compreender e intervir nesses agravos que são provocados pelo mosquito e que tem caracterizado um grande desafio da saúde pública no Brasil. O Maranhão está em busca dessas intervenções e essa reunião é uma das formas de buscarmos soluções conjuntas mediante parceria com a pesquisa da OMS e do MS”, disse Marcos Pacheco.

A técnica da Vigilância Epidemiológica do município de São Luís e coordenadora do Programa da Dengue, Zika e Chikungunya, Maria do Socorro Silva, explicou que por meio da planilha elaborada pela OMS, com informações como temperatura ambiente e número de casos, é possível identificar os sinais de surto das doenças.

“Quando a planilha sinaliza três picos seguidos de aumento de temperatura ficamos em alerta, pois no período de 12 semanas pode haver um surto de Dengue. Essas informações alertam os municípios a tomarem medidas de prevenção. Por isso, é importante essa troca de experiência para fazermos comparativos e aprofundarmos os estudos”, justificou Maria do Socorro Silva.

Desde 2014, a coordenadora do departamento de Vigilância em Saúde do município de Ribeirão Preto, Luzia Márcia Passos, participa de reuniões como essa para discutir agravos pelo Aedes aegypti. A cidade que possui condições ambientais favoráveis para ploriferação do mosquito e que convive com a Dengue desde a década de 90, apenas em 2016 teve 49 mil casos notificados de Dengue, destes 29 mil foram confirmados.
“Este é um importante estudo para o país, no sentido de auxiliar os serviços de saúde na antecipação das epidemias. A grande questão é detectar e fazer as intervenções de forma precoce. Preenchemos as planilhas elaboradas pelos pesquisadores e já conseguimos identificar os alarmes para cada município. Essas reuniões são importantíssimas para auxiliar no aprofundamento do conhecimento, para termos embasamento técnico e lidar de forma preventiva aos agravos”, considerou Luzia Passos.
O Imparcial

William Junior

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